A tecnologia avança em ritmo acelerado, e, junto com ela, surgem novas ameaças. A mais recente: fraudes envolvendo o uso de Inteligência Artificial (IA), como os deepfakes, nas emissões de certificados digitais por videoconferência.
Para orientar toda a rede sobre esse novo cenário de risco, realizamos uma live especial Apresentada por Gustavo Mohr (COO Certificação Digital), Hayane Faria (supervisora de Auditoria) e Najuan Guth (supervisor Antifraude), a live contou com a participação especial do diretor de auditoria, fiscalização e normalização do ITI, Pedro Pinheiro Cardoso, que compartilharam insights valiosos sobre o aumento dos casos de adulteração.
O conteúdo completo está disponível abaixo e foi pensado para reforçar a segurança na linha de frente do atendimento, com foco na prevenção de fraudes e proteção da confiança da ICP-Brasil.
Assista à live na íntegra:
Entenda a ameaça: fraudes com IA e deepfake
Na live, Pedro Pinheiro Cardoso destacou que mais de 60% dos certificados digitais já são emitidos por videoconferência. Isso torna os atendimentos remotos um alvo para fraudadores que utilizam técnicas sofisticadas, como manipulação facial e geração de imagens falsas em tempo real.
Essas fraudes não são mais amadoras. São tentativas planejadas para obtenção de vantagens financeiras, o que compromete toda a estrutura da certificação digital, da confiança do cliente à integridade da rede.
O papel essencial do Agente de Registro
A tecnologia é uma aliada, mas o olhar atento do agente de registro continua sendo o maior escudo contra a fraude. Durante a live, foram apresentados diversos vídeos reais que mostram como pequenas inconsistências visuais — como distorções no rosto ou sumiço de óculos e mãos — podem indicar uso de deepfake.
A orientação é clara: verifique, reanalise a gravação antes de aprovar a solicitação, e siga rigorosamente os novos procedimentos recomendados.
“Em casos de fraude, não existem concorrentes. Existem parceiros. Todos saem perdendo quando há um movimento relacionado à fraude. Precisamos trocar informações e trabalhar juntos. O elemento humano é essencial. O agente de registro é a peça-chave, especialmente nos atendimentos por videoconferência. A tecnologia ajuda, mas é o olhar atento do AGR que faz a diferença”, destacou Pedro Pinheiro durante a live.
Novo roteiro de verificação de vivacidade
Para reforçar a segurança, foi implementado um novo procedimento obrigatório na videoconferência:
O titular deve posicionar a mão aberta em frente ao rosto por pelo menos 3 segundos, de forma que olhos, nariz e boca fiquem parcialmente visíveis entre os dedos.
Esse passo é eficaz para detectar distorções comuns em vídeos manipulados por IA.
Se o requerente se recusar ou não conseguir realizar esse passo, ele deve ser encaminhado para atendimento presencial ou emissão online (caso tenha A3 válido).
A atuação dos setores de Antifraude e Auditoria
Gustavo Mohr, Najuan Guth e Hayane Faria apresentaram o trabalho integrado dos setores de Antifraude e Auditoria, que atuam juntos na análise de vídeos suspeitos, validação de documentos e notificação ao ITI. Há um sistema de alerta cruzado que protege toda a rede. Uma vez identificado, o CPF suspeito dispara notificações em novos atendimentos.
Importante: A responsabilidade não é só do AGR, mas também da AR, que deve manter todos os agentes treinados e atualizados.
A Certifica disponibiliza canais diretos para que você possa comunicar tentativas suspeitas:
Segurança é dever de todos
Fraude na certificação digital não tem concorrência — tem parceria. Todos saem perdendo quando um processo fraudulento é concluído. Por isso, o compromisso com a segurança, atenção aos detalhes e cumprimento dos protocolos é essencial para preservar a credibilidade da ICP-Brasil.
Reforce essa mensagem com seu time. Repasse a live, baixe o material e continue atento.
Juntos, protegemos o que há de mais valioso: a confiança.