O certificado digital é usado para garantir autenticidade, integridade, não repúdio e segurança em operações digitais, permitindo que empresas e pessoas físicas assinem contratos, enviem declarações e acessem sistemas do governo com segurança e validade jurídica.
Ao optar por um certificado emitido no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), o usuário tem respaldo legal previsto na MP 2.200-2/2001, algo que não ocorre com certificados não homologados. Apesar da sua importância, muitos usuários ainda cometem erros graves que comprometem a segurança do certificado digital, e, por consequência, de seus dados e operações.
Neste artigo, vamos mostrar os 5 erros mais comuns que colocam o seu certificado digital em risco e como você pode evitá-los de forma prática. Se você quer proteger seus dados, sua empresa e sua reputação, continue a leitura.
1. Compartilhar o certificado com terceiros
Compartilhar o certificado digital com terceiros é um dos erros mais graves que um usuário pode cometer. Isso porque qualquer operação realizada com o certificado é juridicamente atribuída ao titular, mesmo que ele não tenha executado a ação.
Além de abrir espaço para fraudes e uso indevido, a prática pode comprometer a segurança de dados sensíveis e expor a empresa a riscos legais e financeiros. Por isso, o certificado deve ser de uso exclusivo do proprietário, protegido por senha forte e nunca armazenado em locais ou dispositivos de acesso coletivo.
Como evitar?
- Nunca compartilhe senhas ou arquivos .pfx/.p12.
- Mantenha o certificado sob sua posse exclusiva.
- Em empresas, implemente regras de acesso e responsabilidades legais.
2. Armazenar em dispositivos inseguros
Gravar o certificado em locais como pen drives, computadores pessoais ou até celulares, sem nenhuma proteção, é pedir para ser hackeado. Armazenar o certificado digital em dispositivos inseguros é um risco enorme para sua segurança. Esses meios estão sujeitos a perda, roubo, ataques de vírus e acesso não autorizado, o que pode resultar em fraudes ou na necessidade de revogação do certificado.
A recomendação é utilizar tokens criptográficos, HSMs ou soluções de armazenamento em nuvem segura, sempre protegidos por senha forte e com backup adequado. Assim, você garante a integridade do seu certificado e a validade jurídica das suas operações digitais.
Como evitar?
- Use tokens criptográficos ou armazenamentos seguros validados pela ICP-Brasil.
- Evite salvar o certificado em locais com acesso múltiplo.
- Utilize autenticação em dois fatores, quando disponível.
3. Ignorar a validade do certificado
Muitos só percebem que o certificado venceu na hora de assinar um documento ou acessar um sistema urgente, o que pode gerar atrasos, multas e bloqueios operacionais. O certificado digital tem prazo de validade definido — geralmente entre 1 e 3 anos — e precisa ser renovado para continuar garantindo autenticidade, segurança e validade jurídica nas transações online.
Quando o certificado expira, ele deixa automaticamente de ser aceito em sistemas como Receita Federal, e-Social, NF-e, processos jurídicos eletrônicos e diversas plataformas governamentais e privadas. Isso significa que o titular pode ter operações paralisadas, atrasos em entregas fiscais, impossibilidade de assinar documentos digitais e até multas por não cumprimento de prazos legais.
Além dos impactos operacionais, há também a questão de credibilidade. Empresas que deixam vencer o certificado transmitem insegurança a clientes e parceiros, já que a certificação digital é vista como um selo de confiança em ambientes eletrônicos. Certificados vencidos perdem automaticamente a validade jurídica e operacional.
Como evitar?
- Acompanhe a data de vencimento do seu certificado (geralmente de 1 a 3 anos).
- Cadastre lembretes automáticos por e-mail ou calendário.
- Programe-se com antecedência para renovar o certificado digital.
4. Utilizar o certificado em redes ou computadores públicos
Um dos erros mais perigosos cometidos por usuários é acessar o certificado digital em redes Wi-Fi abertas ou computadores de uso coletivo, como lan houses, coworkings ou até mesmo equipamentos compartilhados em empresas. Esse hábito expõe a identidade digital a riscos sérios de segurança.
Ao usar o certificado em um ambiente público, o titular fica vulnerável a ataques cibernéticos, como a interceptação de dados por hackers, a instalação de malwares ou keyloggers e até o roubo de credenciais. Isso pode resultar em fraudes eletrônicas, perda de dados confidenciais e uso indevido da assinatura digital, com impacto direto na reputação e nas responsabilidades legais do usuário.
A recomendação é simples: nunca utilize o certificado em redes ou dispositivos que não sejam 100% confiáveis. Prefira sempre computadores pessoais protegidos por antivírus atualizado, conexões seguras e, se possível, o uso de VPNs (redes privadas virtuais) para garantir criptografia adicional. Em ambientes corporativos, adotar tokens criptográficos ou soluções de gestão segura do certificado também é uma forma eficiente de reduzir riscos.
Como evitar?
- Nunca use seu certificado em redes ou dispositivos que não sejam de sua confiança.
- Evite conexões públicas e priorize redes VPN criptografadas.
- Prefira acessos via token ou armazenamento seguro offline.
5. Não fazer backup seguro
Se você perder o arquivo do seu certificado A1 e não tiver um backup, será necessário revogá-lo e emitir um novo — o que envolve custo, tempo e burocracia. Muitos usuários acreditam que, uma vez emitido, o certificado digital estará sempre disponível. Porém, deixar de fazer um backup seguro é um dos erros mais comuns e que mais gera prejuízos.
Quando o arquivo do certificado — especialmente os do tipo A1 — é perdido, corrompido ou excluído acidentalmente, o titular pode ficar impossibilitado de assinar documentos eletrônicos, emitir notas fiscais ou acessar sistemas governamentais. Nessas situações, a única alternativa é solicitar a revogação e a emissão de um novo certificado, processo que envolve custo, tempo e burocracia.
Além disso, se o backup for feito de forma inadequada, como em pendrives sem proteção ou pastas abertas na nuvem, há risco de roubo de credenciais e uso indevido da identidade digital, o que pode comprometer juridicamente o titular.
A boa prática é manter cópias do certificado em ambientes criptografados e protegidos por senha forte, preferencialmente em soluções de nuvem segura ou tokens dedicados. Também é essencial que o backup seja armazenado em local separado do arquivo original, evitando a perda simultânea em caso de falha de dispositivo.
Ter um plano de contingência para situações de emergência é outro ponto-chave: se o certificado for comprometido, a ação rápida garante a continuidade das operações e reduz riscos legais.
Em resumo, o backup não é apenas uma cópia de segurança, mas uma medida estratégica de proteção de identidade digital e continuidade dos negócios. Ignorar essa etapa pode custar caro em tempo, dinheiro e reputação.
Como evitar?
- Mantenha backups criptografados do arquivo em nuvem segura.
- Use senhas fortes e nunca salve no mesmo local que o original.
- Avalie o uso de serviços com armazenamento seguro e gerenciamento de certificados.
📌 Perguntas Frequentes (FAQ)
O que acontece se meu certificado for usado por outra pessoa?
Você pode ser responsabilizado juridicamente. Por isso, o ideal é manter controle exclusivo e, em caso de uso indevido, realizar a revogação imediata.
Como sei quando meu certificado vai vencer?
Verifique nas propriedades do certificado ou acesse o painel do emissor. Também é possível contratar serviços que enviam alertas automáticos.
É possível recuperar um certificado perdido?
Se houver backup e senha, sim. Caso contrário, será necessário revogar e emitir outro.
Conclusão
Como evitar todos esses riscos?
Os erros mais comuns no uso do certificado digital — como compartilhar com terceiros, armazenar em locais inseguros, ignorar a validade, utilizar em redes públicas ou não fazer backup adequado — podem parecer detalhes simples, mas trazem grandes consequências financeiras, jurídicas e operacionais.
A melhor forma de evitar esses problemas é adotar boas práticas de segurança digital: manter o certificado sob uso exclusivo, armazená-lo em dispositivos confiáveis, monitorar sua validade, evitar acessos em ambientes públicos e garantir sempre um backup seguro e criptografado.
Além disso, você pode contar com soluções como a Certifica Gestão Segura, que oferece controle, backup, alertas e acesso seguro ao seu certificado digital — ideal para empresas e profissionais autônomos.
Ao adotar boas práticas e evitar os erros listados aqui, você garante não só a segurança do seu certificado, mas também a continuidade das suas operações, proteção de dados e credibilidade no mercado.
Não arrisque seus dados nem sua validade jurídica. Fale com a Certifica e descubra soluções seguras para gestão e proteção do seu certificado digital.